Partições Linux: o guia com todas as informações essenciais
Se você foi mais um que se rendeu ao Linux, então com certeza vive em busca de informações sobre as particularidades desse sistema, certo? Nesse caso, saiba que um desses assuntos que você deve aprender (e dominar) são as partições Linux.
Sim, dominar o particionamento de disco no sistema Linux é uma questão que pode fazer a diferença para a sua segurança, flexibilidade e agilidade nos diversos processos, desde os mais simples, como uma formatação, até os mais complexos.
Portanto, se você quiser descobrir tudo sobre as partições Linux, continue a leitura deste guia completo com todas as informações que você precisa saber. Vamos lá?
Primeiramente, o que são partições?
Antes de mais nada, precisamos entender o que é particionamento de disco. Nesse sentido, as partições são simplesmente as divisões de um disco rígido, o famoso HD.
Esse particionamento de disco ocorre dentro da estrutura lógica do disco, isto é, na parte abstrata. Ou seja, a estrutura física não sofre qualquer tipo de divisão.
Desse modo, cada partição do disco pode ser direcionada para uma finalidade, como: armazenamento de dados, sistema operacional, memória Swap, entre outros.
Convém destacar que, quando há uma interferência em uma das partições, a outra não é afetada. Por exemplo: se a partição na qual está o sistema operacional é formatada, a que contém o armazenamento de dados não sofre nada e se mantém intacta.
Agora entenda o que são Partições Linux
Agora que você sabe o que são partições, é hora de entender especificamente o que são as partições Linux, certo?
Nesse sentido, as partições Linux referem-se ao espaço no HD dedicado à instalação da distribuição desse sistema operacional especificamente.
No entanto, ainda há muito o que ser entendido sobre esse particionamento de disco no Linux. Avance na leitura para compreender.
Entenda a diferença entre Partições Linux e Partições Windows
Antes de prosseguirmos, é preciso entender que as partições Linux e as partições Windows apresentam muitas diferenças, apesar de a finalidade de ambas serem a mesma: fracionar a estrutura lógica do HD.
Assim, em termos de semelhança, podemos dizer que tanto as partições do sistema Linux quanto a do Windows apresentam os tipos “Primário” e “Lógico” (apesar de o Linux contar também com o tipo “Estendido”).
Dito isso, agora veja as diferenças!
As partições do Linux podem ser subdivididas em duas categorias: partições de dados (nessas, estão os arquivos que iniciam e executam o sistema) e partições de troca (expandem a memória física do computador, pois utilizam a partição como um cachê).
Assim, graças às partições de troca existentes no sistema Linux, o computador nunca ficará sem memória, algo que não acontece no Windows.
Ademais, uma outra diferença refere-se à nomenclatura das unidades do disco rígido. Enquanto no Windows elas serão nomeadas como “C” ou “D”, no Linux o disco rígido é nomeado como “/dev/sda”, “/dev/sdb”, “/dev/sdc”, entre outras.
Vale dizer que “dev” é a tradução de “dispositivo”.
Vai migrar do Windows para o Linux? Atenção ao EFI!
Se você chegou até aqui, pode ser que deseje migrar do Windows para o Linux, certo?
No entanto, saiba que, para isso, é necessário se atentar ao EFI, uma partição exclusiva para carregar os drivers com segurança utilizada pelo sistema da Microsoft.
Sabemos que, como a maioria dos computadores vêm com o Windows instalado de fábrica, pode ser muito comum você vivenciar essa situação de migração e, portanto, precisar desse cuidado na hora de fazer o gerenciamento de partições.
Portanto, caso você utilize programas específicos para fazer esse gerenciamento em um computador que tinha o Windows instalado, tome cuidado para não formatar ou excluir o EFI, pois essa ação pode comprometer o boot do Linux.
Quais são os três tipos de partições?
Como já havíamos mencionado anteriormente, as partições Linux são divididas em três principais tipos: Primário, Lógico e Estendido.
- Primário: esse tipo de partição armazena sistema de arquivos. Portanto, geralmente trata-se de partições de sistemas operacionais.
- Estendido: esse tipo de partição abriga partições lógicas.
- Lógico: obviamente, esse tipo de partição está dentro do “Estendido”, e recebe sistemas de arquivos.
Existem dois padrões de tabela de particionamento de disco
As tabelas de particionamento de disco são utilizadas com a finalidade de descrever a aparência das partições de um disco rígido, isto é, a forma como você enxerga essas divisões.
Dessa forma, existem dois padrões de tabela: o Master Boot Record (MBR) e o GUID Partition Table (GPT). Vamos conhecer melhor cada um deles?
MBR
Esse é o padrão mais comum, inclusive suportado pela BIOS. Portanto, nos computadores mais antigos, é com o MBR que você vai se deparar.
No entanto, esse é um padrão que apresenta algumas limitações. Por isso mesmo, foi criado o GPT para substituí-lo, pois esse é mais moderno.
Nesse sentido, algumas das limitações do padrão MBR é o fato de ele não permitir a configuração de mais de 4 partições primárias e cada partição ser limitada a 2 TB.
GPT
O GPT veio justamente para pôr fim às limitações sofridas pelo MBR. Por isso, esse é um padrão mais moderno, suportado pela interface UEFI, e que está presente nos computadores mais novos.
Assim, o GTP suporta até 128 partições primárias e que armazenam mais de 2 TB, sendo o limite 1 ZB. Isso deve ser o suficiente para você, não é?
Como fazer as partições Linux?
Para realizar o particionamento em Linux, é necessário, antes de mais nada, se concentrar completamente nessa ação, uma vez que qualquer equívoco pode corromper o seu disco.
Em seguida, você deve baixar um programa de particionamento de disco, como o GParted e o Fdisk. Dentro dele, você digitará:
sudo parted mkpart PartiçãoLinux 2 50000MB
Onde está “50000MB” (equivalente a 50GB), você pode digitar outro número, desde que seja compatível com o tamanho da sua partição Linux.
Para confirmar essa ação, basta digitar:
sudo parted quit
LVM: Logical Volume Manager – Crie volumes lógicos no disco rígido
O Logical Volume Manager, ou simplesmente LVM, é um programa que pode contribuir consideravelmente para a organização das suas partições. Além disso, ele pode redimensionar o tamanho dessas e habilitar snapshots dos volumes de disco.
Portanto, é uma ferramenta essencial, que possibilita a localização rápida e simplificada das partições do seu disco rígido e a redução ou o aumento do tamanho dessas sempre que você considerar necessário, sem a necessidade de apelar para a formatação.
Conclusão
Percebeu como as partições Linux são bem simples de entender e de implementar? E tudo isso pode ficar ainda mais fácil com a Certificação Linux.
Afinal, nossos cursos online podem solucionar todas as suas dúvidas sobre esse sistema operacional e contribuir para que você se torne um especialista na área.
Por isso, aproveite para conhecer todos os cursos da Certificação Linux, coordenados e ministrados pelo Professor Uirá Ribeiro, e se torne uma referência no mercado!