Comandos Linux: guia completo para gerenciar processos
Você sabe como executar comandos para gerir processos no Linux? Essa é uma dificuldade natural de todos os usuários e programadores iniciantes ou mesmo intermediários do universo Linux.
Saber quais comandos devem ser usados para cada função é uma responsabilidade de quem usa o Linux como seu ambiente e ferramenta de trabalho.
Além disso, é sua responsabilidade também analisar quais processos estão sendo executados e balanceá-los, a fim de que o processador ou o Kernel do Linux não fique sobrecarregado.
Todos esses pontos não são conhecimentos adquiridos “da noite para o dia”, mas são aprendidos com o tempo, através do estudo acerca de quais são os melhores comandos do Linux.
Pensando nisso, a equipe Certificação Linux desenvolveu este conteúdo completo, com tudo o que você precisa saber sobre listar processos no Linux e gerenciá-los de modo assertivo.
Neste artigo, você encontrará os principais comandos Linux para gestão de processos e para outras diversas funcionalidades.
Para obter todas as informações que separamos, basta continuar a leitura. Confira!
O que são os Comandos Linux
O Linux é um sistema operacional muito utilizado por programadores, mas também por usuários comuns em atividades mais simples.
Por se tratar de um sistema de código aberto, existem inúmeras maneiras de se utilizar o Linux e, logo, existem diversos comandos Linux.
O Linux também conta com uma série de sistemas, como Ubuntu, Fedora, Debian, Mint e outros. Desse modo, a lista de comandos se estende mais ainda.
Os comandos linux buscam facilitar a execução de ações e processos dentro do sistema operacional Linux, o que pode ser muito útil para todos os perfis de usuários.
Dentro da linha de comandos, também conhecida como prompt, basta digitar o comando para um processo que você deseja executar e logo ele é iniciado.
Existem comandos básicos linux para todos os usos!
Os comandos básicos linux podem ser utilizados para diversos fins. Muitas pessoas que trabalham com TI utilizam o Ubuntu e Fedora, que são parte do Linux.
Dessa maneira, para conseguir explorar todas as ferramentas que esses sistemas têm para oferecer, é necessário saber comandos básicos.
Não só pessoas que trabalham com tecnologia, mas também usuários comuns podem fazer uso do Linux.
A única coisa que uma pessoa que deseja otimizar os seus processos com o Linux precisa fazer é migrar para uma interface de linha de comando (CLI).
A maioria das versões do Linux utilizam a interface gráfica do usuário (GUI), que é direcionada aos usuários do cotidiano.
Assim, para utilizar comandos básicos ou avançados do Linux é preciso aprender pelo menos como acessar a CLI.
Mas não se preocupe. Neste conteúdo, separamos um guia completo para que você fique fera nos comandos linux.
Entenda a importância de aprender os comandos linux
Aprender os comandos básicos linux é fundamental para a melhoria de seu trabalho, caso esse seja o motivo pelo qual você utiliza o sistema operacional.
Os conteúdos que ensinam a utilizar o linux com mais profundidade são voltados para aqueles que já sabem utilizar comandos shell, ou seja, os que avançaram de uma simples interface gráfica de usuário.
Isso significa que quem entende dos comandos linux tem maior acesso à informações do sistema operacional.
Os comandos aperfeiçoam o trabalho de profissionais da tecnologia e ainda os destacam em relação a outros trabalhadores que também utilizam o sistema, mas de forma menos aplicada.
Comandos Linux para gestão de processos
Os comandos do linux são úteis para diversas atividades, como a gestão de processos. Isso porque os comandos conseguem fazer, de modo prático, com que ações sejam executadas.
É inegável que, por esse motivo, o linux é bastante utilizado por desenvolvedores, em diferentes empresas.
Além de ser um sistema operacional de código aberto, o linux é versátil e construído por meio de uma comunidade aberta.
Você quer começar a aprender sobre comandos linux ou aprofundar os seus estudos? Este artigo vai te ajudar com isso!
O que é um processo no Linux?
Qualquer ação em execução no sistema Linux pode ser classificada como um processo e, como tal, precisa ser gerenciada.
Essa gestão só ocorre através de comandos específicos, que determinam quando o processo vai parar, ficar em segundo plano ou ser iniciado.
Quem administra o Linux precisa conhecer os comandos como a palma de sua mão, a fim de saber controlá-los e pausá-los, quando necessário.
É possível também criar “camadas” de execução dos processos, colocando os mais importantes e principais em primeiro plano e os outros, em segundo.
Dessa forma, o Kernel do Linux não será sobrecarregado e não terá sua capacidade prejudicada.
Afinal, alguns processos podem ser “egoístas” demais e acabar exaurindo todo o potencial do processador, que fica sem recursos suficientes para o restante das aplicações.
Isso só acontece porque o Linux é capaz de gerenciar os processos de forma eficaz, com o multiprocessamento real, desde que receba os comandos certos.
No Linux, os processos são definidos pelo seu proprietário, pelo seu status (se em execução ou pausado, por exemplo), pela prioridade da execução e pelos recursos que ele necessita.
Sinais de processos no linux
Cada processo no Linux fica à escuta de sinais. Estes sinais são utilizados pelo Kernel, por outros processos ou por usuário para avisar a um determinado processo sobre algum evento em particular.
O guru de UNIX W. Richard Stevens descreve os sinais como interrupções de software.
Quando um sinal é enviado para um processo ele toma uma determinada ação dependendo do valor que este sinal carrega. Cada sinal tem um nome exclusivo e um valor numérico.
O Linux possui mais de 30 sinais definidos. A maioria é utilizada pelo Kernel e alguns pelos usuários. Observe os mais importantes, seus valores e suas ações:
Sinal | Valor Numérico | Ação |
---|---|---|
HUP | 1 | Hang-Up ou desligamento. Este sinal é utilizado automaticamente quando você desconecta de uma sessão ou fecha um terminal. Ele também é utilizado por processos servidores para invocar a releitura do arquivo de configuração. |
KILL | 9 | Terminar o processo incondicionalmente de forma rápida e drástica. Este tipo de sinal pode deixar arquivos abertos e bases de dados corrompidas. Deve ser utilizado caso o processo pare de responder ou em uma emergência. |
TERM | 15 | Termina o processo de forma elegante, possibilitando que ele feche arquivos e execute suas rotinas de fim de execução. |
TSTP | 20 | Termina a execução para continuar depois. Este sinal é enviado automaticamente quando utilizamos as teclas ctrl-z. É utilizado para colocar o processo em segundo plano. |
O entendimento de sinais é importante para sabermos como o sistema interage com os processos em execução.
Comandos para controle de processos em segundo plano
Como outros sistemas operacionais completos, o Linux possibilita que coloquemos processos em segundo plano de execução (background).
Para que um processo execute em segundo plano, é preciso que ele não espere por nenhuma ação do usuário, por exemplo: esperar por um subcomando.
Neste estado o processo se comunicará com o usuário através dos sinais.
Basicamente para colocarmos qualquer processo em segundo plano de execução, basta adicionarmos o caractere “&” no final da linha de comando que executará o processo:
$ find / -name *.conf > lista_arquivos_configuracao.txt &
O comando find será executado em segundo plano e sua saída será direcionada para o arquivo lista_arquivos_configuracao.txt.
1. Comando jobs
Uso:
$ jobs [opções]
O comando jobs lista os processos em execução em segundo plano. Se um número da tarefa é fornecido o comando retornará as informações pertinentes somente à tarefa em questão.
O número da tarefa é fornecido quando o processo é colocado em segundo plano.
As opções mais frequentes são:
-l Lista o PID dos processos em segundo plano.
2. Comando bg
Uso:
$ bg [número_da_tarefa]
O comando bg coloca em segundo plano um processo em execução. Colocar o sinal “&” depois da chamada do comando faz o mesmo efeito.
Se um comando já estiver em execução em primeiro plano, isto é, ligado a um terminal, nós podemos interromper temporariamente sua execução com o sinal TSTP (18) pressionando as teclas ctrl-z e acionando logo depois do comando bg.
3. Comando fg
Uso:
$ fg [número_da_tarefa]
O comando fg faz exatamente o oposto do comando bg, colocando a tarefa em primeiro plano e ligada a um terminal.
4. Comando nohup
Uso:
$ nohup [comando]
O utilitário nohup executa o comando especificado sem atrelá-lo a nenhum terminal, de forma imune a travamentos, quedas de conexão e desconexões propositais.
Exemplo:
$ nohup find / -name uira* > arquivos_econtrados &
Neste exemplo o nohup irá executar o comando find / -name uira*
e mandar a saída para arquivos_econtrados, que será executado em segundo plano.
Comandos para modificar prioridade de execução
O Kernel do Linux possui como uma de suas atividades críticas o escalonador de processos.
Este escalonador é um algoritmo especial que coloca em fila todos os processos em execução e decide qual processo irá ser executado e durante quanto tempo.
O escalonador é o que permite que o computador possa executar mais de um processo em concorrência, dividindo a CPU em fatias de tempo de execução.
A implementação do escalonador é tão importante que ela é o que realmente faz a diferença nos sistemas operacionais modernos.
O Linux permite que o usuário interfira na prioridade de execução dos processos liberando mais ou menos tempo de CPU.
A lista de prioridades pode ser vista com o comando ps –lax
na columa PRI.
Quanto maior for o número da prioridade, mais tempo de CPU o processo tem e mais importante ele é. Quanto menor o número, menos tempo de CPU e menor importância.
É possível modificar a prioridade de execução dos processos no Linux, através dos comandos nice e renice. Estes comandos são extremamente úteis em ambientes multiusuário.
Imagine um servidor com muitos usuários logados e cada um executando algo.
Neste tipo de ambiente, é preciso dar mais ou menos fatias de processamento aos diversos programas dos usuários, para manter um ambiente estável e organizado.
5. Comando nice
Uso:
$ nice [-n ajuste_de_prioridade] [comando]
O comando nice ajusta o tempo disponível de CPU de um processo para mais ou para menos prioridade.
No inglês a palavra “nice” quer dizer “legal”. Se o ajuste de prioridade para um processo for um número positivo, quer dizer que ele está sendo mais legal com os outros programas diminuindo a sua prioridade.
Se o ajuste for um número negativo, quer dizer que o programa está sendo menos legal, aumentando a sua prioridade de execução e sobrando menos tempo de CPU para os outros programas.
O ajuste de prioridade possível vai do –20 (mais prioridade / menos legal) até o 19 (mais legal, menos prioridade).
Se não for passado nenhum valor de ajuste, o comando nice ajustará a prioridade para +10, diminuindo o tempo de execução do processo.
$ nice updatedb &
Neste exemplo o comando updatedb tem menos prioridade de execução.
$ nice –n –10 folha_pagamento
Neste exemplo o comando folha_pagamento será executado com mais prioridade.
6. Comando renice
Uso:
$ renice [+/-] ajuste_prioridade [opções] PID/Usuário
O comando renice ajusta a prioridade de execução de processos que já estão rodando. Por padrão, o comando renice recebe como parâmetro o PID de um determinado processo.
O ajuste de prioridade é um número inteiro que vai do –20 (maior prioridade) até o +20 (executar qualquer coisa antes deste processo).
As opções mais usuais são:
- -p: Recebe um PID para alterar sua prioridade.
- -u: Recebe um nome de usuário para alterar a prioridade de todos os processos deste usuário em execução.
- -g: Recebe um nome de um grupo para alterar a prioridade de todos os processos pertencentes a este grupo.
Exemplo:
# renice -1 987 -u daemon root -p 32
Neste exemplo, o processo de número PID 987, PID 32 e todos os processos de que os usuários daemon e root são donos vão ter mais prioridade.
Outros comandos para gerenciamento de processos
Existem ainda outros comandos para o gerenciamento de processos no Linux, sendo eles:
No geral, esses comandos são relacionados e servem para demonstrar ou tornar possível a visualização dos processos em execução e seus respectivos atributos.
7. Comando ps
Uso:
$ ps [opções]
O comando ps gera uma lista com todos os processos em execução e seus atributos.
As opções mais frequentes são:
- -a: mostra os processos em execução de todos os usuários. Normalmente ele mostra somente os processos pertencentes ao usuário que executou o ps;
- -u: : mostra a lista de processos incluindo o nome dos usuários donos dos processos e início das execuções, percentual de CPU utilizada, percentual de memória utilizada e terminal associado;
- -x: mostra a lista de processos que não têm um terminal associado a ele. Útil para visualizar processos servidores (daemons);
- f: mostra os processos em forma de árvore. Muito útil para identificarmos a relação de processo pai e filho entre os processos em execução.
Veja o help do comando ps para mais opções.
8. Comando pstree
Uso:
$ pstree [opções]
O comando pstree irá mostrar toda a árvore de processos desde o init até o último processo em execução. É similar ao comando ps –auxf
.
Ele é útil para entendermos a hierarquia dos processos no Linux.
Além das opções abaixo, o pstree poderá mostrar a hierarquia pertencente a um usuário ou de um processo específico através do seu PID.
- -a: Esta opção mostra a linha de comando utilizada para iniciar os processos;
- -c: Desabilita a função de mesclar os processos idênticos no mesmo nível de hierarquia;
- -G: Utiliza o formato VT100 para mostrar as linhas entre os processos no lugar dos caracteres de teclado;
- -h: Destaca os processos ligados ao terminal no exato momento;
- -p: Inclui o PID dos processos na listagem.
Se você quiser ver os processos em execução de uma forma dinâmica, como o “Tarefas” do Windows, o Linux tem o comando top.
9. Comando top
Uso:
$ top [opções]
O comando top mostra os processos em execução como o comando ps, mas atualizando a tela.
Este recurso é útil para monitorarmos como um ou mais processos agem no sistema. Este comando também ordena os processos que utilizam mais CPU no topo da tela.
As opções mais utilizadas são:
- -b: executar em modo batch ou arquivo em lote. É utilizada para direcionarmos a saída do comando para outro processo ou para um arquivo;
- -d n: determina o tempo das atualizações da tela em n segundos. O padrão é cinco segundos;
- -n num: mostra o número de vezes na tela as atualizações dos processos em execução e depois termina. Útil para ser utilizado com a opção –b;
- -q: executar com atualizações em tempo real. Esta opção deve ser utilizada com cautela, pois pode consumir uma grande quantidade de cpu;
- -u: Monitora os processos em execução de um determinado usuário;
- -p: monitora um determinado processo identificado pelo seu PID. Mais de um processo pode ser definido com esta opção.
O comando top ainda pode suportar alguns comandos que alteram o seu comportamento durante a sua execução. São eles:
- Z: Muda o esquema de cores do top. Para que esta opção esteja ativa é necessário que o terminal suporte ANSI;
- F: Adiciona colunas com mais opções de monitoramento dos processos;
- u: Mostra os processos de um determinado usuário;
- k: Termina (kill) com um determinado processo;
- r: Muda a prioridade de execução do processo (renice);
- R: Muda a ordem dos processos de acordo com a utilização da CPU;
- q: Sai do modo interativo do top.
Agora que você já sabe listar os processos, é hora de aprender a parar os processos em execução com os comandos kill e killall.
Comandos para parar processos em execução
Se o seu objetivo é parar um ou mais processos que, no momento, estão em execução, basta testar um desses comandos:
- comando kill;
- comando killall;
- comando pkill;
- ou comando pgrep.
Todos eles têm o objetivo de parar ou terminar quantos processos forem necessários de modo direto e elegante.
10. Comando kill
Uso:
$ kill [–sinal] PID
O comando kill envia sinais para os processos. Ele é usado geralmente para terminar a execução de processos identificados pelo seu PID.
Se nenhum sinal específico for passado como parâmetro, o kill irá enviar o sinal TERM (15) para terminar o processo de forma elegante.
11. Comando killall
Uso:
# killall [–sinal] NOME_DO_PROCESSO
O comando killall envia sinais para os processos e recebe como parâmetro não o PID do processo, mas seu nome.
Ele é usado geralmente para terminar a execução de processos que possuem diversos processos filhos executando ao mesmo tempo.
Se nenhum sinal específico for passado como parâmetro, o killall irá enviar o sinal TERM (15) para terminar o processo de forma elegante.
É importante que você entenda a diferença dos comandos kill e killall. O primeiro envia sinais para um ou mais processos identificados pelo PID.
O segundo envia sinais para todos os processos na fila de execução que possuem um determinado nome.
Os sinais enviados pelo kill e pelo killall podem ser passados pelo nome ou pelo número inteiro correspondente.
12. Comando pkill
Uso:
# pkill [expressão]
O comando pkill é análogo ao comando killall. Ele pode enviar sinais para os processos e recebe como parâmetro uma expressão ou nome do processo.
Ele é usado geralmente para terminar a execução de processos que possuem diversos processos filhos executando em simultâneo. $ pkill mysqld
13. Comando pgrep
O comando pgrep, é uma mistura de ps com grep. Uso:
# pgrep [expressão]
O comando pgrep permite que se procure por expressões na lista de processos em execução e retorna o PID do processo em questão.
Comandos Linux para controle e acesso ao sistema
Os comandos Linux para controle e acesso ao sistema são todos aqueles que realizam o login, a saída e a troca de sistemas.
Dentre os principais comandos desse tipo, podemos citar:
- exit: é o comando que finaliza a sessão na linha de comando;
- logout: é o comando que encerra a sessão que está sendo utilizada, mas apenas na C shell e na bash shell;
- passwd: serve para editar a senha do utilizador logado;
- yppasswd: permite a troca de senha do utilizador nas páginas amarelas;
- rlogin: é utilizado para logar, com segurança, em algum sistema Linux;
- slogin: realiza o login em sistemas linux de forma altamente segura;
- ssh: serve para abrir uma sessão segura, principalmente em servidores remotos.
Comandos Linux para comunicação
Os comandos linux também facilitam a comunicação de uma empresa. Ao inserir alguns códigos, é possível acessar canais de comunicação de forma rápida e prática.
Listamos abaixo os principais comandos do linux para comunicação:
- mail: comando que abre uma interface para a troca de e-mails;
- mesg: serve para permitir ou não a troca de mensagens via terminal entre computadores ativos na rede;
- pine: também é útil para o envio e recebimento de e-mails;
- talk: esse comando possibilita conversar com outros usuários da sua rede;
- write: serve para enviar mensagens curtas para usuários ativos na sua rede.
Principais comandos Linux
Os principais comandos linux são aqueles mais simples, que podem ser aprendidos por usuários iniciantes.
A partir de um terminal de leitura de comandos, disponibilizado pelo próprio sistema linux, é possível inserir os códigos de maneira correta e assim realizar ações rapidamente.
Separamos uma lista dos principais comandos linux para você:
- nano: edita arquivos de texto, estilo bloco de notas;
- watch: comando responsável por programar a repetição de algum outro comando;
- script: é capaz de programar a execução de alguns comandos, com intervalo de tempo ou não;
- cd: serve para mostrar o diretório em que um arquivo está localizado;
- ls: comando que exibe todos os arquivos existentes, bem como filtra eles por caracteres;
- rm: remove arquivos de acordo com o aval do usuário;
- find: também serve para encontrar arquivos, de qualquer local do computador.
Esses comandos possuem uma série de regras e subcomandos para uma execução mais específica. Todas essas informações estão contidas em outro blog nosso. Clique aqui para conferir!
Comandos Linux para o dia a dia
Como já dito anteriormente, os comandos linux ajudam em atividades cotidianas.
Veja os principais comandos linux para o dia a dia:
Comando rm
O comando rm é responsável por eliminar os arquivos de seus devidos diretórios.
A ação pode ser feita de formas diferentes, de acordo com o subcomando selecionado pelo usuário. Dentre as opções estão:
- -f: remove arquivos sem pedir autorização;
- -i: remove o arquivo e o diretório;
- -r, -R: remove o arquivo conforme a autorização do usuário;
- -d, -dir: remove diretórios que estão sem nenhum arquivo.
Comando ls
O comando ls exibe os arquivos existentes, de acordo com um filtro de caracteres.
Os filtros são selecionados a partir de subcomandos listados abaixo:
- -color=auto: separa arquivos por cor;
- -A, -almost-all: exibe arquivos de todos arquivos, exceto de entradas “.” e “..”;
- -a, -all: exibe todos arquivos, ocultos ou não;
- -m: exibe os arquivos separados por vírgula.
Comando cat
O comando cat é utilizado para abrir um arquivo em específico. A sintaxe para utilizá-lo é: cat [OPÇÃO] [ARQUIVO]. Um exemplo básico seria cat arquivo.txt.
Esse comando possui várias outras funcionalidades, que podem ser acessadas a partir do comando man cat !.
Comando vi
O comando vi funciona para ativar um editor de texto com interface simples. Basicamente, através dele é possível personalizar o seu texto, editar e criar novos arquivos.
Para entender mais sobre as suas demais variações, leia o nosso blog!
Comando df
O comando df possibilita a visualização da memória ocupada no disco rígido em utilização no momento.
Além do seu uso mais básico, existem subcomandos como o df – a, que exibe o uso do disco rígido e ainda informações de sistemas fictícios.
Comando top
O comando top mostra informações de armazenamento do disco rígido, principalmente a quantidade de memória RAM.
Comando cd
Esse comando tem como finalidade mostrar em qual diretório algum arquivo se encontra ou movê-lo de um diretório para outro.
É necessário construir o comando de acordo com o arquivo que deseja visualizar. Para isso, insira cd [PASTA/]. Caso o diretório exista, ele abrirá em seu dispositivo.
Entenda mais sobre os processos Linux
Além de entender o que são os processos linux, é necessário entender o seu funcionamento.
Existem vários fatores que devemos levar em consideração para entender os comandos linux.
Abaixo, te ensinaremos mais sobre os estados, as etapas de execução e os programas dos processos Linux.
Ainda está um pouco confuso? Leia a sequência que iremos esclarecer todos os pontos aqui levantados.
Entenda sobre estados e sequência de execução de um processo
Após ser criado, o processo recebe uma classificação, também chamada de de estado de execução, que define se ele será executado imediata ou tardiamente.
Essas classificações servem para priorizar, de fato, as execuções e impedir que processos menos importantes interfiram naqueles essenciais.
Pensando nisso, saiba que existem 4 estados principais dos processos do Linux:
- Executável;
- Dormente;
- Parado;
- e Zumbi.
Você precisa conhecer cuidadosamente cada processo para administrar as sequências de modo assertivo.
Executável
Como o próprio nome sugere, um processo executável é aquele que está apto para ser executado instantaneamente.
Do inglês, “running”, esse processo está preparado para a execução e pode ser liberado sem maiores problemas, de modo quase natural.
Ele passa a fazer parte da fila de “ready queue”, ou prontos para rodar, apenas aguardando sua ativação através de determinado comando.
Dormente
Diferentemente do anterior, o processo dormente ou “interruptible sleep”, do inglês, está inativo apenas aguardando que algo aconteça para que ele seja executado.
De modo literal, este processo está dormindo até que algum comando o acorde para realizar sua função no momento adequado.
Ao contrário dos processos executáveis, que vimos anteriormente, este tipo de processo não consome nenhum recurso da CPU e fica inativo por tempo determinado numa outra fila.
A partir do momento que esse processo terminar seu tempo de sono (“sleep”), volta para a “ready queue”.
Parado
Como o próprio nome sugere, o processo parado está, literalmente, parado ou congelado. Ele não está em execução neste momento.
O nome original deste processo é “stopped” ou “suspended”, e é um resultado do comando “stop” solicitado pelo usuário.
Quando o usuário emite outro comando, pedindo para terminar a ação (“resume”), esse processo retorna à lista de espera ou “ready queue”.
Zumbis
É possível, dentro de uma hierarquia de processos, que um determinado processo filho termine por algum motivo inesperado, e o processo pai se torne um processo zoombie ou defunto (defunct).
Os processos zoombie não podem ser terminados com o comando kill, porque eles já não existem mais.
Isso acontece porque cada processo criado recebe um lugar na tabela de processos do Kernel. Quando ele termina, seu lugar na tabela do Kernel recebe o resultado da sua execução.
O resultado da execução é retido na tabela até alguém consultá-lo quando, então, é removido da tabela.
O estado do processo é chamado de “zumbi” quando o mesmo termina e seu resultado ainda não foi retirado da tabela do Kernel.
Outra possibilidade especial é quando um processo qualquer que criou novos processos filhos que executam debaixo de sua hierarquia termine inesperadamente.
Neste caso, os processos filhos perdem o seu processo pai e são adotados pelo processo init (PID 1) que é o pai de todos os processos. Observe a hierarquia entre os processos com o comando pstree –c –p
.
Estas duas situações descritas não são normais e podem ser ocasionadas por bugs nos programas.
Atributos dos processos (programas) no Linux
É importante que você entenda que cada programa é pelo menos um processo e que cada processo possui alguns atributos, tais como:
Process ID (PID) ou identificação do processo
Cada processo possui um número de identificação único. O primeiro processo init sempre terá o PID 1 e para o restante dos processos este número é incrementado à medida que novos processos são executados;
User ID e Group ID (ID do usuário e ID do grupo)
Os processos precisam ser executados com os privilégios de uma conta de usuário e do grupo associado a eles. Isto é importante porque assim o sistema pode determinar e gerenciar o acesso aos recursos;
Processo Pai
No Linux nenhum processo é executado de forma independente dos outros. Todos os processos no sistema, com exceção do init, possuem um processo pai, responsável pela sua execução.
O atributo ParentID grava o PID do processo pai. Caso o processo pai termine sua execução antes do processo filho, o processo filho é “apadrinhado” pelo init, ganhando o Parent ID igual a 1;
Variáveis de ambiente
Cada processo herda do processo pai algumas variáveis de ambiente que simplesmente guardam alguns valores que podem ou não ser importantes para o processo em execução.
É possível que durante sua execução um processo altere, incremente ou apague uma variável de ambiente.
Um processo filho pode herdar as variáveis de um processo pai. Mas um processo pai não consegue acessar as variáveis criadas ou alteradas por seus filhos.
Diretório de trabalho
Os processos também são associados a um diretório de trabalho, onde podem fazer a leitura e a escrita do disco;
Temporizadores
O Kernel mantém registros da hora em que os processos são criados bem como o tempo de CPU que eles consomem durante a sua execução.
Conclusão
Percebeu como é importante conhecer todos os principais comandos para executar processos Linux?
Criar, verificar, pausar e gerenciar os processos no Linux é essencial para o funcionamento adequado do processamento e do sistema e, além disso, para o sucesso do seu trabalho.
Somente assim é possível garantir a melhor execução possível, de modo otimizado e equilibrado no seu Linux.
Se você gostou do conteúdo, precisa conferir todos os outros já disponíveis aqui mesmo, no Blog Certificação Linux.
Todos os artigos têm o mesmo objetivo: te ajudar a se tornar um profissional cada vez mais atualizado, competente e desenvolvido, capaz de conquistar um espaço significativo no mercado de trabalho.